22/08/09

COMEÇA HOJE O RAMADÃO

O Ramadão é o nono mês do calendário islâmico. É o mês durante o qual os muçulmanos praticam o seu jejum ritual (suam, م وْ صَ ), o quarto dos cinco pilares do Islão: professar e aceitar do credo, orar cinco vezes ao longo do dia, pagar dádivas rituais, observar as obrigações do Ramadão e fazer a peregrinação a Meca.

A palavra Ramadão encontra-se relacionada com a palavra árabe ramida, “ser ardente”, possivelmente pelo facto do Islão ter celebrado este jejum pela primeira vez num período quente.

Uma vez que o calendário islâmico é lunar, não é celebrado todos os anos na mesma data, podendo passar por todas os meses e estações do ano, conforme a progressão dos anos, porém sua duração é entre 29 e 30 dias. O mês inicia-se com a aparição da lua no final do mês de sha'ban (oitavo mês no calendário lunar muçulmano).

Este período é um tempo de renovação da fé, da prática mais intensa da caridade, e vivência profunda da fraternidade e dos valores da vida familiar. Pede-se ao crente maior proximidade dos valores sagrados, leitura mais assídua do Alcorão, frequência à mesquita, correcção pessoal e autodomínio.

Durante todo o mês é observado o jejum (incluindo as relações sexuais), da alvorada ao pôr-do-sol. O crente deve, não só abster-se destas coisas, mas também não pensar nelas e manter-se concentrado em suas orações e recordações de Deus.

Bem antes da alvorada, durante a madrugada, há uma pequena refeição (Su-Hoor) que substitui o pequeno-almoço habitual e é considerado uma bênção enviado por Deus, segundo o Alcorão.

No término de cada dia, com o início do crepúsculo é obrigação do muçulmano quebrar o jejum imediatamente, mesmo antes da oração, devendo pronunciar, segundo Maomé, as seguintes palavras: "Foi-se a sede, hidrataram-se as veias, e alcançou-se a recompensa, com a permissão de Deus".

Segue-se o iftar ( راطفإ ), refeição que reúne os membros da família e os seus amigos, numa celebração de fé e de alegria. Após esta refeição, é prática social sair com a família para visitar amigos e familiares e reunirem-se para a prática da oração.

Actualmente, com a ampliação do diálogo interreligioso, algumas pessoas de outras religiões são convidadas a partilhar este momento de convívio e é cada vez mais frequente que cristãos ofereçam e celebrem um iftar para os seus amigos muçulmanos.

Fonte: Wikipédia

16/08/09

O QUE ACONTECE QUANDO SE LAMBE UMA LESMA AMARELA


(…) para a maioria das pessoas do mundo industrializado, a natureza é uma parte cada vez mais rarefeita nas nossas vidas. As crianças cresceram, durante mil gerações, a explorar os campos, a coçar-se por causa de plantas venenosas ou urticantes e a descobrir, à sua própria custa, o que é um ninho de vespas. Hoje isso já não é verdade. Paul, um aluno do quarto ano de San Diego, explicou-se muito bem: "Prefiro brincar dentro de casa, porque é lá que há tomadas de corrente." (…)

Só 2% dos lares dos EUA ficam em quintas, comparados com os 40% de 1900. Um estudo de três gerações que incidiu sobre grupos de crianças de 9 anos constatou que, em 1990, o raio de acção que era permitido às crianças explorar livremente era de apenas um nono do que fora em 1970.

Um estudo britânico constatou que as crianças têm mais facilidade em reconhecer personagens de desenhos animados japoneses, como Pikachu, Metapod e Wigglytuff do que animais e plantas nativas como a lontra, o carvalho, o escaravelho...

Louv chama a isto "nature deficit disorder" (síndrome de défice de natureza) e associa-o aos aumentos da depressão, da obesidade e da síndrome de défice de atenção. Bem, não vou jurar por nada disso, mas a verdade é que o livro dele chega a referir um estudo que indica que contemplar peixes faz baixar substancialmente a tensão arterial. (…)

Ah, e a lesma? Já houve um tempo em que a maioria das crianças sabia que, se lamber a parte de baixo de uma lesma-da-banana, a língua fica dormente. Para eles, é melhor isso do que tornarem-se eles próprios uns bananas e umas lesmas, com os sentidos embotados por ficarem fechados dentro de casa.

NICHOLAS KRISTOF, iOnline, 06-08-09

02/08/09

ALUNOS COM MÉDIAS MAIS ALTAS VÊM DE FAMÍLIAS ABASTADAS


Os cursos com médias mais altas, como Medicina, são tendencialmente preenchidos por alunos de famílias com mais recursos, revela um estudo na Universidade de Lisboa (UL), que conclui que o acesso ao ensino su­perior não é "apenas uma questão de mérito".
O estudo foi dirigido pela socióloga Ana Nunes de Almeida, coordenadora do Observatório dos Percursos dos Estudantes da UL, a partir de dados recolhidos junto de alunos que se matricularam pela primeira entre 2003 e 2008.
Num documento com as principais conclusões, os autores destacam que a actual população universitária tem vindo a diversificar-se desde os anos 80, "do ponto de vista das suas origens sociais, dos seus percursos ou expectativas individuais", trazendo para as universidades uma "geração numerosa de jovens provenientes de grupos com menores capitais culturais e económicos".
No entanto, segundo os dados recolhidos, as vagas dos Cursos que requerem notas mais elevadas, como Medicina, Belas Artes e Farmácia, são preenchidas principalmente por alunos com origem em famílias mais favorecidas, cujos pais são "quadros dirigentes e superiores das empresas ou da administração pública, especialistas das profissões científicas e intelectuais, técnicos e profissionais de nível intermédio".
Por outro lado, "as faculdades com notas de acesso mais baixas (Letras, Psicologia e Ciências da Educação) recrutam sobretudo alunos provenientes de famílias mais desfavorecidas, as filhas e os filhos de empregados administrativos, pessoal dos serviços e vendedores, operários e artífices", salienta o estudo.
Os autores destacam que quase 60 por cento dos caloiros da UL provêem de famílias mais favorecidas.
''As modalidades de acesso não são portanto apenas uma questão de mérito individual, mas um assunto de família num cenário de selecção social", concluem.

in GLOBAL Notícias, 02-03-2009